domingo, 23 de setembro de 2012

Mini-violeta (Saintpaulia X ionantha)

Dados Botânicos
Nome científico: Saintpaulia X ionantha Hort.
Nome vulgar: mini-violeta, violeta-miniatura, mini-violeta-africana, violeta-africana-miniatura.
Categoria: flores perenes.
Família: Gesneriaceae.
Origem: trata-se de híbrido complexo originado do cruzamento entre espécies Saintpaulia ionantha H. Wendl.(violeta-africana) com S. shumensis B. L. Burtt.    
e S. magungensis E. P. Roberts da África. 
Porte: menos de 15 cm de altura. 
Diâmetro 
Ciclo de vida: perene.
Flores: flores simples ou dobradas, reunidas em inflorescências curtas.              
Cor: de flores róseas dobradas ( cultivar ´Dancing Doll´); róseas simples 
(cultivar´Pink Wink´); brancas dobradas (´Squirt´); roxas simples (´Pixie 
Blue´); e roxas dobradas (´Mini Blue´).
Época de floração: quase o ano inteiro.
Tamanho
Atração aos animais: exala perfume suave.
Folhas: folhas com longo pecíolo, carnosas, podem ter formas e tonalidades diferentes de acordo com a variedade, mas em geral são verdes, em formato de coração, com a superfície aveludada.
Cor: vários tons de verde.           
Deciduidade: sempre verdes (permanentes).
Tamanho 
Formato: oboval.
Frutos: 
Cor 
Época de frutificação
Tamanho
Raiz: adventícias.
Auxomorfa: herbácea.
Crescimento
Caule: acaule.









Figs.1: mini-violeta.
Fonte: pedacinho de jardim



                                                      Figs 2: tamanho da mini-violeta.

Paisagismo
Tipo de uso: plantas de interior.

Jardinagem

Propagação: multiplica-se através de estaquia das folhas ou divisão de touceiras. Na época em que ficar somente vegetativa, isto é, não tiver flores, poderemos retirar folhas para fazer a propagação por estaquia.
As folhas mais velhas, para criar novas mudas, são retiradas da porção basal para não prejudicar o visual da matriz. O substrato para propagação pode ser areia de construção, vermiculita, casca de arroz ou pó de côco. Encharque abundantemente o substrato de enraizamento e deixe escorrer (deve ser um vaso com furos para drenagem). Deixar em local iluminado mas sem sol direto, mantendo o substrato úmido. Coloque as folhas com ou sem pecíolo, enterrando no substrato. Cobrir o vaso com as folhas com plástico transparente, para evitar a perda da umidade. Dentro em pouco, estará enraizada, começando a produzir uma roseta de folhas. Colocar em vaso com substrato preparado, regar e deixar em lugar bem iluminado, mas sem sol direto até desenvolver mais folhas, sinal que se sente bem neste vaso.
Época de propagação: ano todo, sendo ideal no verão.
Adubação: após o plantio em vaso com substrato preparado, sua planta poderá ficar uns 6 meses sem adubação. As que foram adquiridas necessitam a cada 3  meses de suplementação de nutrientes. Adquira adubo granulado com fórmula 4 – 14 - 8. Numa garrafa PET de 2 litros limpa coloque uma colher de sopa do granulado, coloque um pouco de água e sacuda para dissolver.
Acrescente água até chegar quase ao gargalo, sacuda e empregue para molhar todas as suas plantas. Um dia antes deste procedimento, regue com água. Haverá a formação de um bulbo úmido ao redor das raízes. Quando você regar com a água mais adubo, este se espalhará pelo substrato úmido ficando disponível para as raízes. Se não regar previamente, este adubo poderá ficar na superfície do substrato, podendo queimar as folhas basais e ficar indisponível para a planta. Facilmente se nota isto quando na superfície de um vaso aparecer um sal claro. Existem fertilizantes químicos (com fórmula NPK) específicos para as violetas, encontrados nas lojas especializadas em produtos para jardinagem. É recomendável, porém, variar essa adubação periodicamente, alternando com algum fertilizante orgânico, como farinha de ossos e húmus, para garantir uma floração abundante e sadia.
Espaçamento de plantio 
Cuidados especiais: planta delicada, porém de certa forma rústica e de fácil cultivo. As violetinhas vão bem mesmo em vasos de barro, estes absorvem o excesso de umidade que pode até apodrecer as raízes da planta. Importante regar com água fervida ou descansada por 24 h para evaporar o excesso de cloro.


Exigências ambientais
Clima: quente e úmido (equatorial, mediterrâneo, subtropical, tropical, tropical úmido).
Sol: luz difusa ou meia-sombra. Precisa de muita luz, porém no verão não suporta sol direto entre 10 e 17 h. Se ficar em local com sol da manhã pelo menos umas 3 horas, ela florescerá abundantemente e por longo tempo.
Temperatura: ideal em torno de 25 graus celsius.
Água: manter substrato úmido, não encharcado, podendo secar entre as regas. Coloque a água no substrato com delicadeza, evitando molhar as folhas, pois podem aparecer manchas marrons, como se estivessem queimada, podendo até apodrecer com a umidade. Se optar por fazer a rega por baixo, ou seja, colocando água apenas no pratinho, lembre-se de pelo menos uma vez por mês, fazer uma rega por cima para diminuir concentração de sais minerais no solo. Outro cuidado: as violetas detestam água clorada, portanto, para eliminar o cloro, ferva a água e deixe-a esfriar bem antes de usá-la na rega. A frequência de regas pode se 2 a 3 vezes por semana nos meses quentes e 1 vez por semana nas épocas frias.
Umidade do ar: alta umidade. 
Vento: locais sem ventos.
Solo: substrato rico em matéria orgânica. Deve ser rico em húmus de minhoca, composto orgânico e materiais leves que propiciem boa drenagem como pó de casca de côco, e um pouco de areia. Outra sugestão de mistura: 2 partes de terra comum de jardim, 2 partes de terra vegetal e 1 parte de vermiculita (vendida em lojas de produtos para jardinagem).
Resistência 
Suscetibilidade: frio, geadas e estiagem.




Observações
Houve dificuldades de encontrar informações sobre a variedade miniatura da violeta . Porém como se trata da mesma espécie, as informações acima podem ser aplicadas à mini-violeta.
No final da ficha há um quadro resumo das principais exigências ambientais da mini-violeta. Compare com a legenda principal no rodapé do blog!
Disponibilidade sazonal
Toxicidade



Fonte:  Plantas Ornamentais no Brasil, arbustivas, herbáceas e trepadeiras. Harri Lorenzi e Hermes Moreira de Souza, 4 edição, Instituto Plantarum.
           JardineiroNet
           CD-ROM 1001 Plantas, Editora Europa.
           Faz Fácil 
           Paisagismo Digital
           Jardim de flores







segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Histórico

Dr. Nathaniel Bagshaw Ward (1791-1868), era um médico com uma paixão pela botânica e entomologia. Seu herbário com espécies pessoalmente coletadas continha 25.000 exemplares. As samambaias em seu jardim de Londres, em Wellclose Square, no entanto, foram sendo envenenados pela poluição do ar de Londres, que consistia fortemente de fumaça de carvão e ácido sulfúrico. Dr. Ward também manteve casulos de mariposas e similares em frascos de vidro hermeticamente fechados, e em um, ele descobriu que um esporo de samambaia e uma espécie de grama germinaram e foram crescendo em um pouco de terra. Interessado mas ainda não vendo as oportunidades, ele deixou a vedação intacta por cerca de quatro anos, observando que a grama realmente floresceu uma vez. Após esse tempo, no entanto, a vedação oxidou, e as plantas morreram logo do ar contaminado. Entendendo as possibilidades, um carpinteiro construi-lhe uma estreita caixa envidraçada de madeira e descobriu que as samambaias cultivadas ali prosperaram. 
   Ele então projetou o que é conhecido hoje como a caixa Wardian, uma caixa com tampa de vidro, semelhante a uma estufa em miniatura, que encontrou grande uso no século 19 para proteger plantas coletadas em países distantes de volta para as ilhas britânicas, a grande maioria das quais já havia morrido devido à exposição durante longas viagens marítimas, frustrando a muitos botânicos científicos e amadores da época. Dentro do invólucro de vidro as plantas podiam crescer em condições quase como as do seu ambiente natural e eram protegidas do ar de carvão de fumo poluído de Londres (Fig. 3). 

Fig. 3: uma caixa Wardian para o transporte e a manutenção das plantas.

Como as plantas dentro de caixas de vidro eram decorativas, a ideia foi logo adaptada para a decoração de interior das casas. A caixa Wardian foi a precursora direta do terrário moderno (e a inspiração para o aquário de vidro),  foi inventada em cerca de 1829 depois dessa descoberta acidental inspiradora.

          Wikipedia/ Wardian Case

Perguntas frequentes

Pra começo de conversa, vamos apresentar algumas perguntas comumente feitas por quem desconhece esse fascinante tipo de cultivo!
O que é um terrário?
Terrário é o resultado da técnica de cultivo de vegetais no interior de vidros a qual fundamenta-se no princípio da manutenção de plantas em um meio auto-sustentável onde a água, o ar e os nutrientes são reciclados num espaço limitado.
Explicarei melhor esse conceito de terrário respondendo a pergunta abaixo:
Como a planta consegue viver fechada sem ar?
Os vegetais têm uma característica muito particular quando comparados com outros seres vivos que é a capacidade de produzir seu próprio alimento. Eles são chamados de autotróficos e é através do fenômeno da fotossíntese, que nada mais é do que a absorção do gás carbônico e da água juntamente com a captação da energia da luz resultando na formação de açúcares e oxigênio, que eles conseguem sobreviver.


Fig. 1: esquema básico da fotossíntese.
Fonte: Smartkids

O açúcar produzido através da fotossíntese pode ser armazenado em órgãos de reserva (batata, cenoura, beterraba) ou então ser utilizado para a planta crescer e se desenvolver e é nesse momento que os vegetais são parecidos com os animais: eles absorvem o oxigênio para queimar esse açúcar e nesse processo chamado de respiração, a energia do açúcar é liberada e utilizada nas diversas funções vitais da planta.
Conseguiu perceber porquê a planta consegue viver fechada? Não? Então repare nos esquemas a seguir sobre fotossíntese e respiração:


Fig. 2: reações bioquímicas da fotossíntese e da respiração.

Para a planta fazer a fotossíntese ela utiliza o gás carbônico resultante de sua própria respiração e, ao respirar, a planta libera gás carbônico que será utilizado na fotossíntese! Com a água também ocorre o mesmo: a planta a usa pra produzir o açúcar pela fotossíntese e ao respirar a planta queima esse açúcar pra crescer liberando novamente a água no ar em forma de vapor!
É essa a ideia que sugere o termo auto-sustentável, um ciclo que se repete e desse ciclo não se perde quase nada!
Ocorre uma reciclagem contínua de água, gás carbônico e oxigênio! E esse processo de reciclagem ocorre também com os nutrientes ( nitrogênio, fósforo, potássio, ferro, cálcio, etc) através do retorno ao substrato principalmente de folhas velhas que caem e são decompostas pelos microrganismos. As possíveis perdas de nutrientes para a atmosfera, como se observa para o nitrogênio, ocorrem em proporções bem menores, garantindo sua quase perfeita reciclagem.
São por todos esses motivos que as plantas vivem perfeitamente bem, por um bom tempo, dentro de um espaço fechado.
Devo cuidar de um terrário assim como cuido dos meus vasos de flores? 
Não. Os cuidados dispensados às plantas em um terrário diferenciam um pouco do das plantas não confinadas (em vasos ou ao ar livre, por exemplo). A frequência das regas diminui consideravelmente uma vez que a água não se perde para a atmosfera. A pouca necessidade de regas dos terrários é um aspecto positivo para a atual vida tumultuada nas grandes cidades, quando as pessoas raramente têm tempo para cuidar das suas plantas de casa ou do local de trabalho. 
A adubação é dispensável, já que há o retorno dos nutrientes ao substrato por meio de partes do vegetal que envelhecem e morrem, sem falar que, em terrários, não é desejável o rápido crescimento proporcionado, em boa parte, pela adubação. 
Em regra geral, um terrário sempre deve permanecer em um local bem iluminado para garantir a ocorrência das funções vitais ao desenvolvimento vegetal e também contribuir para o não aparecimento de fungos no interior da peça. Porém não se deve mantê-lo ao sol direto, pois a temperatura interior se elevaria em demasia, aumentando a transpiração e podendo causar um estresse no vegetal, contribuindo assim para o desequilíbrio entre planta e ambiente.
Tudo isso despertou meu interesse! O quê preciso saber para fazer o meu próprio terrário?
Você vai precisar de certos materiais e se aprofundar um pouco mais nos estudos sobre os tipos de substrato e de plantas utilizadas, como também sobre a montagem do terrário e seus cuidados, para garantir a longa vida das plantas e a sua beleza como ornamento.

Fonte: Terrários, Ciência e Arte. Maria Cristina e Ruy Inacio Neiva de Carvalho. Editora UFPR. Vendas desta publicação pelo e-mail: editora@cce.ufpr.br 

Ferramentas e matéria-prima


Ferramentas
Para montar o terrário, algumas ferramentas serão necessárias como pequenas pás, pincéis de diferentes tamanhos, pinças, tesouras, estiletes e funis, papel absorvente e algodão. Como o trabalho com terrários se dá em alguns casos com vidros de abertura pequena ou média, tem que se dispor também de ferramentas específicas que facilitem a colocação da terra, areia, pedras e a fixação da própria planta. A criatividade de quem confecciona o terrário pode levar a usar objetos que se dispõe na própria residência e que são úteis para tal fim como garfos para espalhar a terra, colheres para cavar, esponja para limpar, gancho para segurar e descer as plantas, rolha de borracha para socar, lâmina para cortar, pulverizador manual, etc (Fig. 1).


Fig. 1: garfos, colheres, entre outros utensílios. 

Matéria-prima
A qualidade dos materiais utilizados na confecção de um terrário, como por exemplo a sanidade das plantas, é de extrema importância. Deve-se ter extremo cuidado no momento da escolha e aquisição, já que essas medidas asseguram um maior período da vida útil do terrário.
Plantas: a própria propagação das mudas para utilização em terrários é uma alternativa para a obtenção dessa matéria-prima. Porém, sem o conhecimento sobre as espécies de plantas, métodos de propagação, fisiologia e qualidade dos vegetais, o ideal é adquiri-las em locais idôneos, que mantenham cuidados básicos e necessários no manuseio de plantas. Não é raro que plantas revendidas estejam contaminadas, embora isto nem sempre seja visível ao leigo, que só identificará o dano após a utilização da planta no terrário, quando o sintoma de desenvolvimento da doença ou da praga for mais evidente.
Vidros: para a escolha dos recipientes de vidro, alguns aspectos devem ser ressaltados. 
Os vidros devem ser totalmente translúcidos, permitindo o máximo de passagem de luz para o vegetal.
O tampamento é necessário para que haja a reciclagem dos nutrientes no interior do terrário. Observa-se que o tipo de tampa mais adequado é a de vidro, que além de ser transparente, não absorve umidade (Figs. 2).

    
Figs. 2: recipientes com tampa de vidro. 
Fonte:Container Gardening

Não é imprescindível um fechamento hermético, mas suficientemente justo para não haver perda de umidade, o que resulta na necessidade de regas frequentes.
Os tamanhos e formatos dos vidros podem ser bastante variados, desde minipotes, vidros de conserva, garrafas, bombonieres, cálices e até grandes aquários, desde que todos permitam o manuseio das ferramentas pela sua abertura (Figs. 3). Modelos clássicos de vidros são descritos em literaturas para confecção de terrários, mas qualquer formato de vidro pode ser utilizado para esta função. Se houver a possibilidade de construção da própria peça de vidro, neste caso o bom gosto é que vai indicar o formato mais adequado. Em geral, o tamanho do vidro escolhido está diretamente relacionado ao tamanho da planta a ser utilizada. 










Figs. 3: variados formatos e tamanhos de terrários.
Fonte: Etsy

Substrato: as características do substrato serão responsáveis pela fixação e manutenção do vegetal no interior do vidro. É essencial que a terra seja de boa qualidade e mesmo enriquecida com matéria orgânica para garantir o suprimento das necessidades nutricionais da planta.
Carvão vegetal: outra matéria-prima importante para a confecção e manutenção de um terrário é o carvão finamente moído para formar   as camadas mais baixas do substrato e neutralizar as suas características químicas indesejáveis.
Areia: é necessário também areia grossa e fina para ser utilizada na confecção do substrato e no fundo do terrário.
Esses itens já citados referem-se ao material essencial para confecção de peças simples. A este esquema básico pode-se adicionar a criatividade e habilidade manual e artística do indivíduo. Dentre alguns materiais que podem ser utilizados para fins decorativos, há as pedras naturais de vários tipos e tamanhos, como, por exemplo, grãos de calcário, os seixos de rio ou pedras e areia coloridas artificialmente.

Fonte: Terrários, Ciência e Arte. Maria Cristina e Ruy Inacio Neiva de Carvalho. Editora UFPR. Vendas desta publicação pelo e-mail: editora@cce.ufpr.br 
          Ideariumperpetuo

Plantas


Praticamente todos os vegetais poderiam ser utilizados em terrários, porém há fatores limitantes que excluem uma série de plantas:
  • grande ou médio porte da planta;
  • raiz de crescimento vertical intenso (raiz pivotante);
  • plantas com pecíolos e folhas grandes;
  • plantas trepadeiras;
  • espécies de crescimento muito intenso;
  • plantas anuais ou de ciclo curto.
Em geral, as plantas mais recomendadas devem apresentar porte pequeno, raiz fasciculada (cabeleira), crescimento lento, vida longa, bem como devem possuir uma beleza de cores e formas que irão compor o arranjo final. Contudo, entre as plantas com essas características, há diferentes níveis de adaptação no interior de um vidro. Algumas espécies requerem cuidados excessivos enquanto outras são mais rústicas e se adaptam facilmente às condições de um terrário.

Multiplicação das plantas 
As plantas ornamentais são multiplicadas por diferentes processos. As anuais e bienais são exclusivamente por semente e as perenes podem ser por semente ou propagação vegetativa. 
A maneira mais conveniente de multiplicação é a vegetativa (reprodução assexuada), ou seja, através de folhas, caules ou mesmo raízes, mas nunca de flores e frutos. Tem como grande vantagem a rápida formação da nova muda, e principalmente a formação de raízes adventícias que geralmente são menores e com crescimento menos intenso do que as raízes oriundas da semente (Saiba mais em métodos de propagação). 
O substrato para a propagação pode ser rico em areia, já que na matéria orgânica há tanto organismos benéficos quanto maléficos os quais atacam as raízes em formação. As regas devem ser constantes para que o substrato mantenha-se sempre úmido, porém sem encharcá-lo. Não há necessidade de adubação do substrato  pois a muda permanecerá pouco tempo nesse meio e também não crescerá muito o que é desejável para a montagem do terrário. Se a propagação for de estacas ou partes da planta já separadas da planta-mãe, é importante que tais propágulos estejam em um local que não incida luz direta nos horários mais quentes do dia.

Tratamento sanitário das mudas 
É importante a manutenção das plantas sempre livres de pragas e doenças, sendo que entre as pragas mais comuns estão os pulgões e as cochonilhas. Inseticidas caseiros  são eficientes sendo que o mais conhecido é a calda de fumoDoenças da parte aérea podem ser evitadas pela aplicação quinzenal ou mensal de fungicidas cúpricos como a calda bordalesa. Algumas medidas extras para evitar o surgimento de pragas e doenças:

  • cuidar da sanidade das plantas- mães as quais dão origem às novas mudinhas;
  • evitar encharcar o substrato principalmente em épocas amenas e chuvosas;
  • retirada manual de cochonilhas e pulgões seguida de lavagem da parte afetada (por exemplo: embaixo da torneira);
  • eliminar partes das plantas com sintomas leves;
  • eliminar a planta inteira caso esteja totalmente tomada de pragas ou doenças. No caso de exemplares de valor afetivo ou monetário afetados pelas pragas ou doenças, tratá-los isoladamente das outras plantas;
  • utilizar ferramentas desinfetadas (hipoclorito de sódio a 1%).
Fonte: Terrários, Ciência e Arte. Maria Cristina e Ruy Inacio Neiva de Carvalho. Editora UFPR. Vendas desta publicação pelo e-mail: editora@cce.ufpr.br
          Trabalhador na Floricultura, Básico, 2004 (SENAR, Paraná).


PÁGINA EM CONSTRUÇÃO!

Brilhantina (Pilea microphylla)

Dados Botânicos
Nome científico: Pilea microphylla (L.) Liebm.
Nome vulgar: brilhantina, beldroega, planta-artilheira, folha-gorda, dinheirinho.
Sinonímia: Parietaria microphylla, Pilea muscosa, Pilea succulent.
Categoria: folhagens, forrações.
Família: Urticaceae (Angiospermae).
Origem: América Tropical (do Norte, Central e do Sul)
Porte: de 10-40 cm.
Diâmetro: até 70 cm.
Ciclo de vida: perene.
Flores: as flores são tão pequenas que passam desapercebidas, pois nascem na axila das folhas. Esta planta tem flores femininas e masculinas, sendo que estas ao amadurecerem explodem literalmente, jogando para o ar uma nuvem de pólen para a fertilização das flores femininas, daí o nome singular de planta-artilheira, nome por que é conhecida na América do Norte.
              Cor
                 Época de floração
                 Tamanho
                 Atração aos animais
Folhas: a brilhantina é uma planta de textura peculiar, suas folhas são muito brilhantes (Fig. 1) e suculentas.
Cor: coloração verde-clara.
            Deciduidade
            Tamanho: pequeninas.
          Formato
Frutos
Cor
         Época de frutificação
           Tamanho
Raiz
Auxomorfa: herbácea.
Crescimento
Caule: sua estrutura é bastante ramificada e ereta assemelhando-se a ramos de ciprestes (Fig. 2).


Fig. 1: folhas brilhantes
Fonte:Understory Enterprises Inc.

Fig. 2: ramificação da brilhantina
Fonte: Flickr Yahoo por Andres Hernandez S.



Paisagismo
É uma planta que se usou muito no paisagismo de jardins antigos e que passou por longo tempo esquecida. Trazida de novo à ativa, tem aparecido em jardins de grande porte, com muita sombra, sob árvores e parece ter voltado para ficar. Sua cor verde-clara brilhante dá a nota vivaz a maciços verdes ou de folhas variegadas, equilibrando e unindo, excelente também em composições com flores diversas. Seja em bordas de canteiros, extensões sob árvores ou mesmo em vasos, fica bonita de qualquer modo e não pode ser dispensada.
Tipo de uso: além do cultivo em vasos e jardineiras, pode compor maciços ou bordaduras em canteiros.

Jardinagem
A preparação dos canteiros ou vasos deve conter composto orgânico ou húmus de minhoca sendo adicionado adubo animal de gado ou aves bem curtido. 

Preparar o solo do canteiro numa profundidade de cerca de 15 cm e plantar as mudas com espaçamento de 20 cm. Não se esquecer de regar após o plantio, mantendo regularidade até notar seu desenvolvimento.
Propagação: pode ser multiplicada por estacas ou divisão de touceiras. As estacas poderão ser colocadas em bandejas coletivas ou sacos, com composto orgânico sem adubo animal, mantendo o substrato úmido até notar o desenvolvimento da muda, quando então poderá ir para o canteiro ou vaso.
Época de propagação: ano todo, de preferência na primavera.
Adubação: exigente em nutrientes. Para adubações de reposição, a cada 4 meses, diluir uma colher de sopa de adubo NPK formulação 10-10-10 em uma garrafa PET de 2 litros, sacudir bem e regar o substrato ao redor da planta, cerca de 1 copo de água (destes de plástico descartáveis, guarde sempre um para medida). Um dia antes, regar com água pura, para que se crie um bulbo úmido ao redor das raízes. Ao colocar o adubo dissolvido este irá espalhar-se na umidade, ficando mais acessível para a planta.
Espaçamento de plantio: 20 cm.
Cuidados especiais

Exigências ambientais
Clima: quente e úmido (equatorial, tropical -altitude e úmido- e subtropical).
Sol: aprecia luminosidade, devem ser cultivadas a pleno sol ou meia-sombra, embora o sol direto na parte da tarde costuma inibir seu crescimento. Prefere ser mantida a meia-sombra.
Temperatura
Água: regas frequentes, evitando que o solo seque ou encharque. Para terrários, a frequência de regas diminui.
Umidade do ar: aprecia umidade.
Vento
Solo: bastante exigente em matéria orgânica, solo solto e permeável.
Resistência
Suscetibilidade: suscetível à geadas e ao pisoteio.

Observações
Esta planta tem caráter invasivo e costuma surgir em lugares inesperados, como no meio de matas e em vasos de orquídeas.
No final da ficha há um quadro resumo das principais exigências ambientais da brilhantina. Compare com a legenda principal no rodapé do blog!
Disponibilidade sazonal
Toxicidade

Fonte:Faz Fácil 
             Jardineiro Net  
         Paisagismo Digital
             Cultivando