Elementos naturais
São os elementos provenientes da natureza e são subdivididos em:
Elementos vivos (plantas)
Nos mini jardins utilizamos dois tipos básicos de plantas: as floríferas cuja característica dominante é a emissão de flores podendo ser anuais, bianuais ou perenes (ex. mini-violetas, mini-orquídeas, tilândsias,...) e as folhagens, herbáceas em sua maioria (ex. brilhantina, ajuga,...) e algumas subarbustivas (ex. aspargo-samambaia, fig. 1) sendo que a característica dominante são as folhas com seus diversos formatos, cores e texturas.
No caso do uso de bonsais, as espécies são arbóreas ou arbustivas, floríferas ou não.
Fig. 1: frutos do aspargo-samambaia.
Fonte:Jardineiro Net
Elementos não vivos (componentes físicos)
Refere-se ao substrato, granilhas, areia, seixos de rio, etc. Discutiremos aqui sobre os recursos mais utilizados para ornamentar, dar suporte e cobrir o solo.
- Substrato: é o meio adequadamente preparado para acomodar e suprir as necessidades das plantas. Como cada planta pertence à categorias diferentes, por exemplo, suculentas e plantas tropicais, o substrato para cada uma delas também apresentará características diferentes. O substrato para a suculenta deverá ser leve e com boa drenagem enquanto o das plantas tropicais deve ser rico em nutrientes (Fig. 2).
- Canela em rama cortada: é uma árvore originária do Ceilão, da Birmânia e da Índia com propriedades medicinais e aromáticas. As canelas são algumas das espécies mais antigas conhecidas pela humanidade. A mais difundida é a Cinnamomum zeylanicum, originária do Ceilão, atual Sri Lanka. Outras, entretanto, como a Cássia (Cinnamomum cassia), chamada de falsa-canela e conhecida como canela-da-China, também têm importância econômica (Fig. 3).
- Seixo rolado de rio: são seixos de resíduos da lavagem da areia. É comercializado por quilo, em pequenas quantidades. Possui os tamanhos variados de 2mm até 40 cm ou mais (Fig. 4).
- Granilha: é uma rocha de diversas granulometrias que variam de 2 mm a 5 mm de diâmetro, podendo-se obter granulações finas até grosseiras. Na região de Curitiba elas são produzidas por mineradoras de calcário. Possuem cores branca, bege, preta, etc (Fig. 5).
- Casca de pinus: resíduo de serraria, possui uma estrutura grosseira sendo separados os fragmentos grandes ou pedaços de madeira que vem junto (Fig. 6).
- Casca de coco em pó: de coloração marrom, é resíduo da produção de coco (Fig. 7).
- Musgo desidratado: é um musgo de nome científico Sphagnum (esfagno), de coloração bege ou verde quando tingido, desenvolve-se em áreas de pouca fertilidade, quentes e úmidas (Fig. 8).
Fig. 2: substrato para flores e folhagens. Fig. 3: canela serrada.
Fonte: Loja de Plantas Fonte: Atacado Beija Flor
Fonte: Loja de Plantas Fonte: Atacado Beija Flor
Fig. 4: seixos de rio tamanho grande. Fig. 5: granilha branca.
Fig. 6: casca de pinus rústica.
Fonte: Stones e Gardens
Fig. 7: casca de coco em pó. Fig. 8: musgo desidratado tingido.
Fonte: Embrapa. Fonte: SA Artesanatos
Elementos construídos
Trata-se das miniaturas de cadeiras, banquinhos, casas de passarinho, borboletas, vasinhos, cercas, etc (Fig. 9).
Fig. 9: miniaturas de mesas, cadeiras, bancos, chaleira, carrinho-de-mão, vasinhos, cerca, etc.
Fonte: Miniature Garden Shoppe
Outros elementos do mini jardim
Deve-se levar em conta que o mini jardim ocorre numa dimensão temporal. Boa parte dos elementos que o compõem são seres vivos que passam por processos de mudanças. Portanto, essas transformações podem ocorrer em função da variação fisiológica (crescimento, perda de folhas no inverno, florescimento, morte,...) e como consequência devido à necessidade antrópica de manutenção do mini jardim, haverá necessidade constante de realizar algumas práticas como podas para conter o crescimento das plantas, mudança de local do mini jardim para evitar estiolamento, entre outros. Em suma, o mini jardim jamais apresentará o mesmo aspecto de quando foi criado. Importante sempre cuidar das plantas e conhecê-las muito bem para pelo menos suprir suas necessidades básicas.
Fonte: Jardim de Flores
Apostila do curso de paisagismo residencial, 2006. Instituto Goetzke de Paisagismo.
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